sexta-feira, 26 de março de 2010

"Simsalabim!"

Joãozinho (sempre o Joãozinho!) acreditava em mágica. Saía de casa deixando um rastro de cuecas enroladas, meias com chulé, toalhas molhadas, camisas suadas de futebol de antes de ontem e outros. Assim que chegava em casa tudo havia sumido, e ele, muito animado, contava para os amigos, entre risadas, sobre o desaparecimento diário da "zorra". O que Joãozinho não sabia era o trabalho que dava enfiar o coelho na cartola.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dois comprimidos depois do almoço

O perigo é quando a gente pensa que já chega de escrever. Escrever, como me disseram, é um exercício. Exercício, como também me disseram, deve ser praticado com regularidade. Eu, que venho de casa de médicos (espero que não hipocondríacos) também penso que escrever é como remédio de uso contínuo, pra doença crônica. Fui, assim como os espertos que se acham curados, parar de escrever, e logo a ferida abriu. Acordei (literalmente) na hora errada. Escrever é ansiolítico, é analgésico, é indutor do sono é anti-hipertensivo, descongestionante, afina o sangue, antibiótico, melhora inflamação e espinhela caída.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Ilhado

Numa terça-feira dessas, às 9:39 da manhã, eu ainda estava presa no trânsito, por causa de uma dessas chuvas que alagam alguns pontos da cidade e mudam a rotina de muita gente. Olhei pela janela e vi um senhor sentado num boteco "copo sujo" ali perto de onde trabalho e, às 9:39, ele tomava uma cerveja, aí me perguntei: "Será que tomar uma cerveja sozinho, às 9:39 da manhã de uma terça-feira é realmente uma boa opção?". Obviamente, o senhor poderia mesmo estar curtindo um dia anômalo, em que havia ficado ilhado, em função do alagamento, e pensou em fugir da rotina tomando um cerveja de manhã. Pensei porque há tantas escolhas travestidas de "falta de escolha" que nem sei, falo de mim.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Bate na boca!

"Quem muito abaixa o ** lhe aparece.". Era exatamente assim, com estes termos, que dizia Tia Paulina, segundo minha mãe. Um absurdo pensando na idade em que tinha aquela senhorinha de cabelos branco-amarelados (ou amarelo-esbranquiçados?). A tia avisou, agora cada um que cuide de apertar bem as calças caso decida se curvar.